sexta-feira, 17 de outubro de 2008

INTRODUÇÃO DE SILVESTRE PEDROSA ´TERTÚLIA SOBRE ARISTIDES DE SOUSA MENDES





Fazer a introdução á " Conversa " de hoje, é para mim uma gramnde satisfação e paralelamente um grande incómodo. Como apresentar alguém tão imensamente grande? Vale-me a grandeza humana de Aristides de Sousa Mendes (ASM); cito o nome, calo-me e está tudo feito!



Mas como resistir a não falar? Daí que não me contenha a um ou a dois apontamentos que visam tão só apelar à nossa reflexão.


aristides foi dos poucos capazes de se recusarem a cumprir as desumanas ordens que violentavam o seu caracter humanista. Fez tudo o que pode para salvar vidas.




Por força do seu humanismo e sentido cristão, foi perseguido e abandonado.




Perseguido pela ditadura salazrista que lhe não perdoou o humanismo e consequente desobediência. Ditadura que aceitou os agradecimentos enderessados pelas democracias por causa das vidas salvas pelo cônsul desobediente. que hipocrisia!




Nestes tempos em que, desavergonhadamente se procura branquear o salazarismo, será bom que estejamos atentos às realidades.




Atente-se ao que, o seguramente mais activo detergente do salazarismo, disse nas suas memórias sobre ASM: o cônsul vendeu com a cumplicidade de policias do regime, vistos falsificados a emigrantes com dinheiro - sem comentários.




Abandonado! ASM era profundamente católico, contudo a sua igreja, que estava de mão dada com o regime, abandonou-o! Curiosamente a mesma igreja que anos mais tarde canonizou o autor desta pérola de pesamento inserida em missiva a um membro do seu Opus Dei: Hitler não deve ter sido tão mau como dizem. Não pode ter matado 6 milhões. Não deve ter passado dos 4 Milhões, Josemaria Escrivá de Balaguer.




Pode-se dizer que finalmente a memória de ASM está reabilitada e o cônsul já ocupa o lugar que lhe é devido? Gostaria de pensar que sim, mas tal não me parece. Nem a coumuidade Judia nem a democracia ainda o colocaram no pedestal que lhe é devido.



Cabe a cada um de nós exigir que se derrubem os ídolos com pés de barro e que se homenageem os nossos verdadeiros heróis.


Silvestre Pedrosa, moderador

1 comentário:

Anónimo disse...

acima de tudo, que se derrubem os que têm pés de barro!! e se olhem para os vivos!
parabéns fernando :)