terça-feira, 15 de setembro de 2009

JUDO NAS CONVERSAS DA CABANA DO PARODIANTES





A Cabana dos Parodiantes lotou novamente na sua 35ª edição de conversas da Cabana, desta feita, com muita miudagem entusiasta a assistir, Não era para menos, o Judo Clube de Salvaterra, responsável pela vinda do simpático atleta João Neto, estava representado em peso com os seus directores e alunos.
O Jornalista José Valentim Peixe, estava inspirado e deu-nos uma das suas melhores noites. Deu início á Tertúlia, apresentando os oradores convidados, com sabedoria e boa disposição. Percebendo a timidez inicial de João Neto e o pouco á vontade do seu mestre, Peixe imprimiu durante os 105 minutos da tertúlia, um clima de conversa muito de lá de casa, como se um grupo de bons amigos se juntassem, para passarem um bom bocado. Foi assim, do princípio até ao fim, com os tertulianos a capricharem nas perguntas e nos comentários.

João Neto transmitiu-nos toda a sua paixão pelo Judo, confessando as dificuldades que experimentou para alcançar o nível de excelência actual. Achou-se um previligiado, devido ao facto dos pais sempre o terem apoiado e por ter a sorte de ter conhecido o seu mestre Fausto, que o tem orientado desde tenra idade. Pelo meio tirou a licenciatura em farmácia e, soubemos pelo moderador, que, em tom brejeiro informou a plateia que o jovem (26 anos) tem sabido gerir muito bem o seu tempo, praticando judo desde os seis anos, completar o curso universitário e fazer a pior asneira da sua vida casar. Risada geral na sala.

Houve tempo para o Treinador falar sobre a origem do judo e sobre a sua importância para quem o pratica. Uma luta que aproveita o peso e a força do adversário para o desarmar e vencêr, fazendo a apologia do david e Golias. Uma disciplina que molda o indivíduo espiritualmente e fisicamente, tornando-o capaz de enfrentar obstáculos, no Tapete e na selva da vida.




Quatro horas antes da tertúlia na Cabana, o jovem judoca deu uma espécie de aula no pavilhão municipal de Salvaterra de Magos, onde demonstrou a sua técnica perante dezenas de crianças do Judo Clube de Salvaterra. Imaginar a satisfação, que aqueles aspirantes a judocas sentiram naquela tarde, na presença do seu ídolo, é tarefa quase impossível. Decerto foi uma experiência marcante para o resto das suas vidas.