terça-feira, 29 de novembro de 2011

AS CONVERSAS SÃO COMO AS CEREJAS COM MOITA FLORES NA CABANA!


O Salão da Cabana dos Parodiantes estava a abarrotar de gente para ver e ouvir as palavras sábias do ex-inspector da Judiciária, escritor, guionista, autarca...afinal, disse Francisco Moita Flores, " não se diz a um cozinheiro que é um bom bifaneiro...! ". Segundo ele um escritor tem que dominar as regras da escrita e é um escritor que ele se considera ".


Este mediático senhor que nos visita pela ...vez terceira, nas Conversas da Cabana, tem este grande defeito de nos encantar com os seus pensamentos filosóficos acerca da vida e da morte:

- " Nós só temos noção do tempo quando somos confrontados pelos cadáveres " - disse, " O tempo é efémero perante um cadáver de uma criança, jovem ou velho...não há tempo a perder, a vida só faz sentido se a vivermos intensamente ".

- " Sou do Sporting ", confessou, " Mas não me passa pela cabeça estar de braços cruzados durante duas horas a ver um jogo de futebol...o tempo é demasiado precioso ". Essa disciplina, adquiriu-a na Policia Judiciária e essa austeridade em que vive permite-lhe realizar muitos projectos. Só assim se compreende como consegue estar nos programas televisivos, Cãmara de Santarém e escrever guiões para filmes, séries e romances.

Nesta noite de confissões na Cabana dos parodiantes, Francisco Moita Flores, respondeu a uma questão que já se esperava - o futuro de Portugal. Apesar do convidado da tertúlia ser um poeta, ele não veio para floreados e, sem mais nem menos, avisou que vão morrer muitos portugueses à fome se não mudarmos o nosso interior. ele defende que estamos á porta de uma nova era e que não nos encontramos pre...parados. As grandes revoluções da humanidade levaram séculos a desenvolverem-se e nós vamos ficar pior do que estávamos no século XIX, aquando do famoso ultimato inglês:


- " Nós fomos o único país da Europa que aceitou todas as actas do Concílio de Trento! ", disse Moita Flores, " Desde os tempos do Sebastião que vivemos cheios de culpa. A culpa foi-nos incutida pela Santa Inquisição. Achamos que o vizinho é que tem a culpa, mas a culpa é de todos nós! "





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