quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O PROBLEMA DA GLOBALIZAÇÃO

http://youtube.com/watch?v=A8ETBjxz14s

Afinal, porque preocupa o fenómeno da globalização?

Desde há muito tempo, que o nosso planeta está a ficar mais homogéneo.
Já deve ter reparado que as grandes corporações expandem-se para regiões com outras motivações políticas e culturais, ou que estamos em plena revolução tecnológica nas comunicações, ou então, que estão a ser criados novos blocos comerciais, ou ainda que, estão a ser criadas novas culturas, através da junção entre duas ou mais culturas distintas!
Tudo isto é globalização, e tudo isto afectará o nosso planeta a nível económico, social, cultural e político.
Há quem defenda que a globalização surgiu no Século XV ou século XVI, pois neste período, e séculos seguintes, deu-se o fenómeno da colonização por parte de países europeus. O aumento do fluxo da força de trabalho entre países e aumento da complexidade das relações políticas nesta altura, sobretudo na Europa, enquadram-se nas características do processo de globalização.
No entanto, o fenómeno globalização tem um enorme impacto a nível Mundial em meados do século XX, com o fim da Segunda Guerra Mundial e a necessidade de reconstruir a Europa e a sua economia. A criação da CECA e mais tarde da CEE permitem a aproximação das várias nações da Europa, que haviam sido devastadas com a guerra de 39-45.
Apesar de tudo, o Mundo vivia em guerra, uma guerra que vivia de actos, a que se chamou Guerra-Fria. Os Estados Unidos tinham medo da Rússia, a Rússia tinha medo dos Estados Unidos.
O fim da URSS e a queda do muro de Berlim foram mais duas causas para a abertura de fronteiras e libertação das culturas.
O comunismo que vigorava na URSS não permitia a abertura ao Mundo e dificultava a própria estabilização de uma Paz Mundial. A separação da URSS criou mais de uma dezena de estados, e muitos deles, viraram as costas ao Pacto de Varsóvia para assimilar uma cultura mais Ocidental, vincada na entrada de muitos desses estados na NATO e na UE.
Voltando à Segunda Guerra Mundial, pois esta tornou-se numa lição. Uma lição, embora duríssima mas, que os países souberam interpretar como uma forma de tornar as nações mundiais mais próximas umas das outras!
Com esta nova ideologia, as economias cresceram. Um pouco por todo o Mundo surgiram economias emergentes, tais como o Japão, que se juntaram aos países mais fortemente desenvolvidos.
A Alemanha, por exemplo, devastada com a Segunda Guerra Mundial foi dos países que mais aprendeu com a “lição” e tornou-se num dos países com pólos industriais, mais atractivos da Europa.
Com a aproximação do século XXI, novos canais de globalização foram sendo visíveis. Outrora um canal de comunicação militar dos Estados Unidos, a ARPANET, é adaptado para uso comercial e passa a chamar-se INTERNET, estamos a falar do início da década de 1990. No entanto, é já no final dessa década que podemos falar em generalização da Internet a nível mundial, e quando falamos em generalização é ter conhecimento que existe um novo meio de comunicação.
A Internet tem a capacidade de acelerar os processos de troca de ideias e conhecimentos entre nações, o que torna a distância entre Lisboa e Pequim em qualquer coisa irrelevante, havendo apenas o factor limitativo da barreira linguística.
A barreira linguística não trava, no entanto, a entrada de produtos vindos do oriente nos mercados Europeus e Americanos. Telemóveis, Televisores e Rádios vindos do Japão, as lojas de comércio chinesas, que vendem bijutarias e outros objectos a preços que não têm concorrência, são factores que contribuem para a globalização. Hoje em dia, não há terra que não tenha uma Loja Chinesa.
Da América Latina, durante anos, Portugal recebeu muitas telenovelas brasileiras, num período em que a ficção nacional praticamente não existia, o gigante GLOBO era o produtor de ficção mais requisitado.
No entanto, existem estados que nunca se abriram à globalização, estados que nunca sofreram uma transformação como a URSS, estados que bloqueiam e controlam a informação, em defesa das suas políticas e ideologias.
Cuba, China e Arábia Saudita, são exemplos de países que limitam o uso da Internet, nomeadamente controlando a criação de e-mail e acessos a diversos sites, na maioria com conteúdos eróticos ou pornográficos.
A globalização é um factor que interfere também com a qualidade de vida. Os países mais abertos à globalização têm conseguido diminuir a pobreza nas últimas duas décadas, ao mesmo tempo o acesso a novos medicamentos e equipamentos médicos e a diminuição do custo dos alimentos faz com que a qualidade de vida seja superior.
Em países como a China, em que houve uma abertura ao resto do mundo, a qualidade de vida aumentou, tal como em alguns países da América Latina, ao invés, vários países da África sub-saariana, que se mantiveram fechados à globalização, sentiram um aumento da pobreza.
Como em tudo na vida, também a globalização tem movimentos a favor e movimentos contra. Os movimentos anti-globalização têm desenvolvido uma luta contra os resultados da globalização e também porque as suas características são causadoras de divergências, nomeadamente, os riscos inerentes às transacções financeiras e a perda de soberania dos Estados.
Os movimentos anti-globalização receiam a livre circulação entre estados, sem qualquer controlo, e a facilidade com que as instabilidades económicas, que se possam criar em determinado estado ou região, possam alastrar rapidamente a outros pontos do globo, variando da forma como os países dependem uns dos outros.
O que é certo é que os países menos desenvolvidos têm muito a ganhar com a globalização, que se assume como um factor muito positivo para o seu desenvolvimento económico e social.

Manuel Caneira, in http://abrirocaminho.blogs.sapo.pt

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

INFERNOS, EXISTEM MUITOS !


O inferno de Dante certamente estará tão lotado quanto as prisões em S. Paulo, Brasil, mas, citando o mesmo, « os lugares mais quentes do inferno estão destinados aos que, em tempo de grandes crises, se mantêm neutros.»


Atente-se, então a este caso excepcional:


« Num exame de Física na Universidade de Aveiro o chefe do Dep. de Física da Universidade de Aveiro,da cadeira de "Transmissão de Momento, Massa e Calor II", fez a seguinte pergunta:
- O inferno é exotérmico ou endotérmico? Justifique a sua resposta. (ou seja, se o Inferno é um sistema que liberta calor ou que recebe calor)
Vários alunos justificaram as suas opiniões baseados na Lei de Boyle ou em alguma variante da mesma, mas um aluno, entretanto, escreveu o seguinte:
"Primeiramente, postulamos que, se as almas existem, então devem ter alguma massa. Se tiverem, então uma mole de almas também tem massa. Então, em que percentagem é que as almas estão a entrar e a sair do inferno? Eu acho que podemos assumir seguramente que uma vez que uma alma entra no inferno nunca mais sai. Por isso, não há almas a sair.Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhadela às diferentes religiões que existem no mundo hoje em dia. Algumas dessas religiões pregam que, se não pertenceres a ela, então vais para o inferno. Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projectar que todas as pessoas e almas vão para o inferno. Com as taxas de natalidade e mortalidade da maneira que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno.Agora vamos olhar para a taxa de mudança de volume no inferno.
A Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem constantes, a relação entre a massa das almas e o volume do Inferno também deve ser constante. Existem então duas opções:
1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir.
2) Se o inferno se estiver a expandir numa taxa maior do que a de entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele.
Então, qual das duas opções é a correcta? Se nós aceitarmos o que a aluna Teresa Maria me disse no primeiro ano: "Haverá uma noite fria no inferno antes de eu ir para a cama contigo" e levando em conta que ainda NÃO obtive sucesso na tentativa de ter relações sexuais com ela, então a opção 2 não é verdadeira.Por isso, o inferno é exotérmico.
O aluno António José tirou o único "20" na turma!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! »
retirado e adaptado do blogue http://gatofu.blogspot.com/

imagem - " Inferno ", pintura sobre madeira, sec.XVI, autor desconhecido. Museu Nacional Arte Antiga, Lisboa.