sábado, 30 de agosto de 2008

PARADA DA PARÓDIA VII - POBRES DOS ALFAIATES!




Era assim na década de sessenta, em lisboa. Os alfaiates não tinham mãos a medir. Certos e determinados senhores, bem posicionados na vida, frequentavam os ateliers de costura, afim de fazerem fatos á medida. Coitados dos pobres alfaiates, sujeitavam-se a tirar medidas, vezes sem conta ao mesmo cliente, sem saberem porquê.

Talvêz uma pequena dieta, podia resolver o problema.

Estranhos mistérios estes de ser alfaiate !

(o cartoon acima pode ser visto em tamanho natural no grande painel humorístico que ocupa parte do espaço da Cabana dos parodiantes, em Salvaterra de Magos )

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O INCÊNDIO DO CHIADO

Ruy e Zé Andrade, com Raul Solnado no estúdio de gravação.

Aproveitando o 20º aniversário do terrível incêndio no Chiado, na cidade de Lisboa, vou então contar uma situação que os Parodiantes de Lisboa viveram, precisamento nesse dia.


Os Parodiantes estavam a gravar no seu estúdio, o programa " Graça com todos ", que iria para o ar no dia seguinte. O ambiente no 13º andar do edifício do Vává, era tenso e triste, como em todos os locais onde houvesse lisboetas e portugueses, pois tratava-se do fim do coração da capital de Portugal, tal como era conhecido desde sempre. De uma acentada, os armazéns Grandella e do Chiado e toda a zona envolvente, desapareciam nas chamas.


Eram cerca de 11 horas, ou seja, duas horas para o início do programa na Rádio Comercial dos Parodiantes de Lisboa, quando a dactilógrafa entrou aos gritos no escritório do Ruy Andrade. O caso não era para menos: ela lembrou-se ter passado á maquina de escrever, no dia anterior, uma rúbrica onde o presidente da Cãmara de Lisboa de então, Cruz Abecassis, tinha ateado fogo á cidade e festejava o feito, tocando a sua harpa nas muralhas do Castelo S.Jorge, lamentando-se pelos alfacinhas não o compreenderem e não lhe darem o devido valor ( tal como o imperador romano Nero em Roma ).


Tratou-se, sem dúvida, de uma coincidência terrível, e essa peça fazia parte do programa que iria ser escutado dentro em breve, em todo o país. Como havia sempre uma bobine suplente actualizada, logo os Parodiantes se deslocaram á rua Sampaio e Pina para fazerem a troca.


Conseguem imaginar, se esse programa fosse para o ar, com o incêndio na baixa de Lisboa em actividade e todos os dramas inerentes em ferida aberta, conseguem imaginar o impacto que teria na opinião pública ?


Puro humor negro ou futurismo catastrófico ?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008


O Cabanito, hiper-activo e traquinas mascote da Cabana, irá, daqui para a frente, gastar a sua inesgotável energia em situações bem humoradas. O mundo do Cabanito é o espaço mágico da Cabana dos parodiantes e as peripécias giram á volta do seu quotidiano.
Pode um café proporcionar tantas situações?
A Cabana pode, concerteza!
Longa vida ao Cabanito!!!

CABANITO TEM SAUDADES DOS JOGOS OLÍMPICOS
















domingo, 10 de agosto de 2008

PARADA DA PARODIA VI - QUENTES E BOAS !!!


Foi com esta fabulosa capa com cartoon de Jõao Martins ( autor das capas e outros desenhos ao longo dos 104 volumes ), que os Parodiantes e sua vasta equipa de colaboradores iniciaram esta aventura na imprensa que iria durar dois anos ( 1960/ 62 ).
" Quentes e Boas ", apregoava o vendedor de castanhas. Este fez justiça ao pregão e como o negócio andava nas ruas da amargura, logo tratou de chamar a atênção e motivar assim potênciais clientes do sexo masculino, claro! Como é que o criativo vendedor vai evitar as inevitáveis impressões digitais em certas zonas do corpinhos das suas modelos, é que ninguém sabe, a não ser que, na compra do cartuxo das castanhas, esteja incluído as moças.