quarta-feira, 1 de março de 2006

Fora da toca

Andorinhas

O sono tarde ou cedo invade todo o ser. O repouso torna-se fundamental.
Está em jogo a sobrevivência da sanidade: ninguém consegue estar sempre activo. Até aqueles que aparentam maior dinamismo nalgum ponto terão de abrandar, podendo gozar por momentos da distância que alcançaram em relação aos outros, menos rápidos ou ágeis.
O que dizer quando o sistema impede o acesso a este direito fundamental da existência. O que dizer quando no leito do repouso focos luminosos impedem o cerrar do olho. O que dizer daqueles que são obrigados à insónia por objectivos tão mesquinhos como a distinção.
Os nossos monumentos merecem o devido descanso. Não é por passarem a noite distantes das luzes da ribalta que deixam de ocupar o mesmo espaço e de ter o mesmo significado.
Convém alguma moderação: não é pela exibição que se conseguem maiores frutos, quando muito um desgaste pessoal.


Ismael Bento da Cruz

2 comentários:

Anónimo disse...

depois de quase um mês á espera de um artigo seu, qual não é o nosso espanto ao abrirmos o vosso blog deparamos com mais um enigma. Ismael,eu eas minhas amigas da repartiçao de finanças de Linda a velha, queremos sumo de verdade e não polpa requentada.

Anónimo disse...

Sou poeta e sei falar... principalmente quando estou calado