quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

À espera de Godot!


Pela enésima vez, ela aperaltou-se, saiu de casa e dirigiu-se ao café como sempre fez.
Pela enésima primeira vez, ela entrou no café, saudando as mesmas pessoas do mesmo modo.
Pela enésima segunda vez, ela dirigiu-se à mesma mesa e sentou-se no mesmo lugar.
Pela enésima terceira vez, ela fez o mesmo pedido ao mesmo empregado no mesmo tom de voz.
Pela enésima quarta vez, ela derramou o açúcar na chávena do mesmo jeito de sempre.
Pela enésima quinta vez, ela sorveu o café, com o mesmo prazer de sempre.
Pela enésima sexta vez, ela deixou na chávena, a mesma marca de baton.
Pela enésima sétima vez, ela acendeu um cigarro da marca habitual com o mesmo Zippo.
Pela enésima oitava vez, ela travou, inalou e expulsou o fumo da mesma maneira de sempre.
Pela enésima nona vez, ela olhou em volta como sempre o havia feito e viu as mesmas caras.
Pela enésima décima vez, ela constatou que nada ia acontecer... Como Sempre...

8 comentários:

Anónimo disse...

Isso é que é inspiração ou talvez conspiração. Temos poeta. Sim senhora.Continua Jovem.

Anónimo disse...

Ai meninas do meu país
Porque insistis vocês nisso
Porque ansiais pão com pão
Quando ele é tão bom com chouriço

jacinta disse...

seu malandro! põe lá o texto entre aspas e indica o autor se faz favor.

Anónimo disse...

a quem te referes Jacinta ?

Anónimo disse...

ói, ói, ó jacinta tu seres da gloira?

Gorila

Anónimo disse...

Parou de comer e fitou-o com uma expressão insinuante. «Sabe qual é a minha maior fantasia de cozinheira?»
«Hã?»
«Quando um dia for casada e tiver um filho, vou fazer uma sopa de peixe com o leite das minhas mamas.»
Tomás quase se engasgou com a sopa.
«Como?»
«Quero fazer uma sopa de peixe com o leite das minhas mamas», repetiu ela, como se dissesse a coisa mais natural do mundo. Colocou a mão no seio esquerdo e espremeu-o de modo tal que o mamilo espreitou pela borda do decote. «Gostava de provar?»
Tomás sentiu uma erecção gigantesca a formar-se-lhe nas calças. Incapaz de proferir uma palavra e com a garganta subitamente seca, fez que sim com a cabeça. Lena tirou todo o seio esquerdo para fora do decote de seda azul (...). A sueca ergueu-se e aproximou-se do professor; em pé, ao lado dele, encostou-lhe o seio à boca. Tomás não resistiu. Abraçou-a pela cintura e começou a chupar-lhe o mamilo saliente...
Excerto da obra literária de José Rodrigues dos Santos.

jacinta disse...

ó anónimo! se soubesse diria. Foi uma sensação de "déjà lu". No entanto, o sável afirma ser de sua autoria. É provável que ele tenha sofrido influências de autores que já li e eu tivesse reconhecido um estilo. Ou quem sabe eu tenha dotes visionários....
E tu seres da glória?

Anónimo disse...

realmente
a resposta para o problema
só mesmo mudar de café