terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

225 ANOS DE MARTINHO DA ARCADA

Fosse o poeta Fernando Pessoa, um anónimo cidadão que regularmente se sentava nas mesas do café Martinho da arcada para tomar café e bagaço e escrevinhar umas coisas tolas nuns pedaços de papel, fácilmente confundido com um desses seres alienados, que vagueiam pelas cidades em busca da utopia inalcançável; fosse assim e o dito Café nem chegaria a cumprir 225 anos de vida nem a atrair tantos turistas em todo o mundo; fosse assim e o Martinho da Arcada não seria escolhido pela presidência austríaca da União Europeia, como representante português dos cafés da Europa, iniciativa que vai ser realizada dia 9 de Maio em 27 Cafés representantes dos respectivos países.
No entanto a realidade actual do mítico estabelecimento, com as mesas reservadas ao serviço de restaurante, com preços para turistas, não facilitaria a entrada a Fernando Pessoa, caso ele estivesse entre nós, nem mesmo o poeta seria apanhado em " flagrante de litro ", no pequeno balcão, entornando um copo de três ...é que hoje, no famoso martinho da Arcada, já não há espaço para poetas nem utópicos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Queridas amigas Patareca e Inês,
Sinto-me muito honrado com o convite e seria com muito gosto que tomaria convosco um chocolate quente na nossa cabana. Porém, os últimos acontecimentos nesta terra do nosso coração, levaram-me a efectuar uma viagem para o Brazil.
Já não poderei comentar este maravilhoso blog, não vá a polícia interceptar o meu endereço IP.
Em compensação, vou a tempo do carnaval, e quem sabe, não encontre por lá o amor!
Despeço-me com amizade e com respeitosos cumprimentos,
Do vosso comendador,
Anacleto Castro da Purificação

Anónimo disse...

Caro Anacleto,

Lamento não poder usufruir da sua companhia num fantástico chocolate quente.
Assim, resta-me desejar-lhe uma optima viagem.
Espero que encontre o Amor dentro de si próprio (e isso é possivel em qualquer parte do Universo) e depois, sim, o encontre em todas as pessoas ou em alguém especial.

"Se eu não gostar de mim, quem gostará?"