quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ESTES PARODIANTES SÃO TÃO ENGRAÇADOS !!!



Salazar: "Estes Parodiantes são tão engraçados"...
Ontem à noite, na SIC, assistiu-se ao segundo episódio da vida de Oliveira Salazar, um trabalho notável do realizador Jorge Queiroga. A dado momento, numa das cenas, Salazar abre um rádio, senta-se para ouvir e exclama: "Estes Parodiantes são tão engraçados...".É verdade, o presidente do Conselho, Oliveira Salazar, ouvia religiosamente, entre as 13 e as 14 horas, o programa 'Graça com Todos' dos Parodiantes de Lisboa. Na altura, o produtor do programa Ruy Andrade teve conhecimento do facto através do barbeiro de Salazar.


in, http://pauparatodaaobra.blogspot.com/

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

ABSTRACT LIGHTS - 1ª EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA DO JOVEM JOÃO PEREIRA GOMES



É com regozijo que recebo na Cabana dos Parodiantes a 1ª exposição do jovem fotógrafo autodidacta João Pereira Gomes, de título " Abstract Lights ". Ele próprio, cliente da Cabana, onde costuma se encontrar com os seus amigos, confidenciava-me antes da montagem que, sempre foi um sonho mostrar as suas imagens num espaço realmente fantástico e único como a Cabana ( palavras da sua autoria ).


As fotografias estão penduradas numa corda de fibras naturais, como se estivessem secando depois de reveladas e mergulhadas nos líquidos químicos. Estão dispostas ao longo de todo o salão, por cima dos sofás. Relatam viagens por Portugal e Espanha e registam momentos únicos de olhar as especificidades do mundo que, João Pereira Gomes concorda serem únicas e transmissíveis, ou não estivessem á mercê de quem entra na Cabana dos Parodiantes. Na montra da rua, pode-se ver uma recriação de um laboratório de fotografia, com o ampliador e a sua mesa reguada, asim como as tinas dos líquidos e as pinças.


Visitar a Cabana para contemplar as fotos de João Pereira Gomes é uma experiência positiva, pois assistimos ao nascimento de um talento que, decerto irá se multiplicar por milhares de imagens, imagens dum mundo sempre em aberto.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

RESISTIR, SONHAR E ACREDITAR NA LIBERDADE



Pedro Barroso na 32.ª “Conversas da Cabana”


No dia 22 de Janeiro, teve lugar na Cabana dos Parodiantes, em Salvaterra de Magos, mais uma sessão de “Conversas da Cabana”. Desta vez o canta-autor Pedro Barroso, foi o convidado. Estava frio e havia muita humidade, mas à medida que o tempo foi passando, as pessoas foram enchendo a Cabana.Um pouco antes das 22 horas deu-se início à conversa e o Pedro Barroso estava determinado a falar sobre tudo. O nosso convidado estava desprendido e contente. Ficou maravilhado quando desligámos a televisão. “Nos tempos actuais onde a maioria das pessoas se encontram dependentes do telelixo e dos programas pimba é muito bom saber que estão dispostos a encetar um diálogo entre amigos”, afirmou Pedro Barroso.


A plateia ultrapassava as 100 pessoas e o espaço não conseguia dar guarida a alguns alunos da Escola Profissional de Salvaterra de Magos (EPSM). Desta vez alguns antifascistas conhecidos na vila também marcaram presença para ver o cantor resistente e destemido. Uma grande noite na Cabana. Uma tertúlia de se lhe tirar o chapéu.Pedro Barroso falou de música, teatro, política e firmou sem medos nem receios que “hoje mais do que nunca é preciso resistir e sonhar”. “Vivemos uma época de descrença, mas é bom acreditar que o Mundo vai mudar. Temos que ter esperança. Portugal podia estar melhor, mas infelizmente os políticos que nos (des)governam têm uns tiques que nos fazem recordar tempos da outra senhora”, afirmou o canta-autor.Nos tempos que correm e onde as pessoas têm medo de falar umas com as outras, ainda é bom saber que existem lugares onde se podem fazer tertúlias como esta. “A Cabana sempre foi um lugar onde se respirava liberdade. Os Parodiantes sempre souberam dar alfinetadas no antigo regime. Estou muito contente por estar aqui convosco!”, afirmou Pedro Barroso.


Paralelamente à tertúlia, o fotógrafo João Pedro Gomes deixava na atmosfera da Cabana alguns olhares a preto e branco, despertando os apetites daqueles que ainda não desistiram da Era Analógica.Mais uma vez a Cabana dos Parodiantes se transformou numa galeria de arte e num espaço cultural que importa ser preservado. Alguns convivas que estiveram ali pela primeira vez, gostaram e prometeram voltar.O próprio Pedro Barroso incentivava a isso. “Continuem a falar na Cabana. Não deixem morrer estas tertúlias. Como é bom estar umas horas à conversa e ter a televisão desligada”.Mais uma vez a Escola Profissional de Salvaterra de Magos (EPSM) apoiou com o som. Paralelamente a isso, uma turma de Comunicação ajudou a promover e divulgar a tertúlia. Uma oportunidade para pôr em prática os ensinamentos teóricos.As “Conversas da Cabana” já vão no seu quarto ano consecutivo. Em Fevereiro ocorrerá mais um encontro com alguém sobejamente conhecido ou não. O importante é ter histórias para contar. E não ter medo nem vergonha de falar nem partilhar.



José Peixe ( o moderador da tertúlia -

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

PEDRO BARROSO E JOÃO PEREIRA GOMES NA MESMA NOITE NA CABANA DOS PARODIANTES






Na mesma noite em que Cabana recebe Pedro Barroso,
inauguramos uma exposição de fotografia do jovem João Pereira Gomes. O Fotógrafo autodidacta, residente em Salvaterra de Mgos, e cliente da Cabana dos Parodiantes, realiza aquela que é a sua primeira exposição.


Quase duas dezenas de imagens captadas em vários locais do país, revelando um olhar atento á realidade, que se metamorfoseia e se revela na objectiva de João Gomes.


Mais uma razão para ir á Cabana nesta 5ª feira á noite.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

RESISTIR NA CABANA COM PEDRO BARROSO



Desde o ano passado que não tinhamos as nossas Conversas da Cabana, um momento de cultura e de amizade que a Cabana dos Parodiantes faz questão de ter todos os meses, pelo menos enquanto houver resistentes que não se deixem vencer pelos sofás das suas salas.


Vamos poder ter a presença de Pedro Barroso, um cantautor que continua a resistir contra o marasmo em que vivemos. A sua mensagem é o grito dos utópicos que continuam a acreditar no lado mais nobre do ser humano.


Eu acredito e penso que voçês também.


Então venha partilhar connosco na próxima 5ª feira, 22 de Janeiro 2009, em mais uma tertúlia na Cabana dos Parodiantes.

domingo, 28 de dezembro de 2008

CABANA ESTÁ DE PARABÊNS - 35 ANOS



A Cabana dos Parodiantes está de parabêns !!


Foi no ano de 1973 que a Cabana abriu as sua novas portas. dezenas de convidados conhecidos do mundo do teatro, rádio e do desporto, assim como clientes do antigo estabelecimento " Sol da Lezíria ", foram os previligiados a conhecerem o belo café dos anos setenta, que ainda hoje permanece intacto. Figuras como o Camilo de Oliveira, Óscar Acúrcio, Ivone Silva, Raul Solnado, António Livramento, J.Pimenta a equipa dos Parodiantes e o padre Diogo, entre muitos, que emitiu um belo discurso e benzeu a Cabana.


Longa vida á cabana dos Parodiantes e até daqui a 35 anos

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

PARADA DA PARÓDIA X - NESTA QUADRA FESTIVA, DEÊM UMA MÃO AO VOSSO AMIGO !!!!



AMIGOS DA CABANA


AMIGOS DA TERRA


AMIGOS DA HUMANIDADE


AMIGOS DO AMIGO


ESPERO QUE ESTA QUADRA NATALÍCIA SIRVA DE INSPIRAÇÃO PARA QUE TODOS NÓS, PARA VARIAR, SEJAMOS AMIGOS DESTA IDEIA REAL QUE SE CHAMA HUMANIDADE JÁ A PARTIR DO 1º DE JANEIRO DO ANO QUE VAI NASCER.



SÓ DANDO PODEMOS RECEBER.



SEJAM FELIZES !!!!


VOTOS DA CABANA DOS PARODIANTES

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

PARADA DA PARÓDIA IX - A RECESSÃO JÁ CHEGOU AO NOSSO PEQUENO JARDIM Á BEIRA MAR PLANTADO - O NOSSO PORTUGAL !!!


A recessão já chegou a Portugal e está para ficar, como o Toyota, lembram-se?
No tempo em que os Parodiantes de Lisboa editavam esta revista " Parada da Paródia ", já lá vão 26 anos, já havia recessão, aliás, sempre houve recessão. Gerações e gerações de portugueses, nasceram. cresceram, viveram e morreram com recessão. É uma questão de hábito. Nós até já estamos habituados, não é sr dr engenheiro Sócrates...será que o excelêntíssimo primeiro ministro paga renda de casa ?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

COISA BOA, O BOLO REI DA CABANA NESTE FIM-DE-SEMANA


Coisa boa, neste fim-de -semana em Salvaterra de Magos, o famoso e tradicional bolo rei da Cabana dos Parodiantes. A receita é antiga e, diz o colaborador mais velho da casa, é tal e qual o bolo rei fabricado pelo fundador da pastelaria, Fernando Filipe Andrade, pai dos Parodiantes de Lisboa e avô dos actuais proprietários.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O CABANITO ESTEVE COM O FUTURO PRESIDENTE DOS EUA




Ainda na ressaca das eleições mais mediáticas do planeta, aquelas que sendo só exclusivas para americanos naturalizados, param os eleitores do mundo inteiro, o Cabanito, puto atento e curioso, preocupado com o estado do mundo, participou com entusiasmo na vitória do Barack Obama. Ora vejam só, o desenho é mesmo do Cabanito.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

CARICAMANIA NA CABANA DOS PARODIANTES



Nelson Santos , com a sua arte de bem desenhar o lado cómico que reside em todos nós, contribuiu assim para mais uma noite bem divertida na Cabana dos Parodiantes.


Foi na passada sexta-feira, 14 de Novembro de 2008.


visite : http://karikamania.no.sapo.pt/


http://caricaturas.blogspot.com/

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

NOITE DE CARICATURA COM NELSON SANTOS


Grande noite de demonstração de caricatura na Cabana, com o famoso desenhador Nelson santos.
Ninguêm escapou á sua caneta digital, pondo a nú expressões, sinais, características genéticas, tiques e manias. Toda a minha gente aceitou o seu cruel retrato com desportivismo e um certo riso amarelo. Nelson demonstrou que é um artista na arte da caricatura, impressionando todos aqueles que foram á Cabana na sexta-feira à noite de 14 de Novembro.
Ainda podem ver a exposição dos melhores trabalhos de Nelson Santos, na biblioteca de Salvaterra de Magos, até 30 de Novembro. Podem crer, é um espanto!!

NOITE DE CARICATURA COM NELSON SANTOS




NOITE DA CARICATURA AO VIVO COM NELSON SANTOS




quinta-feira, 13 de novembro de 2008

DEMONSTRAÇÃO DE CARICATURA AO VIVO NA CABANA COM O FAMOSO NELSON SANTOS


Conheçam o lado divertido da Cabana e venham amanhã, sexta-feira ás 22 horas ver com os vossos olhos e em directo, como se faz caricatura digital, pura e dura.Nelson Santos, famoso desenhador da nossa praça, vai nos mostrar como se captura as feições de um ser humano em menos de um fósforo e ainda por cima o transforma na coisa mais divertida deste mundo.Haverá um telão gigante onde se poderá ver o desenho caricaturado na sua evolução.Porque não trazer os seus filhos, os seus amigos ou os seus inimigos...quem sabe o Nelson Santos não os caricatura eh! eh! eh!. Vai haver um sorteio de caricaturas de borla para quem concorrer a um desenho - só para adultos! Venham c'um caneco ?!

PAULO GONZO DEU-NOS QUASE TUDO! NOITE MÁGICA NA CABANA DOS PARODIANTES 10/10/08





Paulo Gonzo não sabia ao certo para o que vinha; ele de facto foi convidado pela artista plástica Paula Cruz, afim de ser homenageado com três grandes telas a preto e branco, com o seu rosto retratado nas três fases de sua vida. O que ele não sabia é que, á sua espera, estavam cerca de sessenta pessoas conhecedoras da sua obra.
Na mesma mesa que o Paulo e a Paula, na tarefa de os apresentar, estava o regressado José Peixe, acabadinho de regressar da América Latina, onde trabalhou como correspondente da Lusa durante dois anos.
Houve espaço para a sentida homenagem da pintora, que deixou escapar a confissão de que desde a sua adolescência a música de Gonzo tem sido o farol que tem iluminado a sua vida.

Daí se compreende o que levou Paula Cruz a arriscar para a disciplina de Pintura 4º ano da Faculdade de Belas Artes, a provocação de executar uma série de telas com o rosto de Paulo Gonzo.
Gonzo, emocionado, agradeceu a homenagem e rejubilou quando a artista lhe ofereceu um quadro á sua escolha, ao que este escolheu o correspondente á fase da sua juventude.

Soubemos pela voz do Paulo Gonzo, que nem sempre o seu percurso de compositor, músico e cantor, foi um mar de rosas. Desde que começou, nos longínquos finais de setenta, como cantor dos Go Grall Blues Band, o caminho foi sempre o remar contra a maré. Quando todas as bandas se entretinham a imitar os seus ídolos anglo-saxónicos, com maior ou menor mestria, Gonzo e seus cúmplices, teimavam em desenvolver um som fora de moda, baseado na tradição dos escravos negros do Delta de Missisipi, nos Estados Unidos da América - o blues.

Paulo chegou mesmo a viver uns tempos no novo mundo, ensaiando, tocando e cantando com nomes e bandas norte americanas bluesly. Aí, terá ganho experiência e rodagem suficiente, para regressar com força a Portugal para iniciar a sua carreira a solo. Foi com " As Pedras da Calçada ", em 1984, que Alberto Ferreira Paulo ( seu verdadeiro nome ) teve o seu primeiro grande êxito - Jardins Proibídos -. A partir daí, nunca mais parou de fazer belas canções.
" De cada vez que sai um álbum, o risco é todo meu, pois sou eu que escrevo e componho. Tenho que ter uma grande lucidez para não falhar, pois tenho vinte pessoas que dependem directamente de mim para sobreviverem. " confessou Paulo Gonzo.
Alguém na assistência perguntou, se ele quando grava um álbum têm a noção exacta que determinada canção vai ser um êxito, ao que ele respondeu que até agora a sorte não o tem faltado, mas, só com muito trabalho e dedicação se consegue vencer, disse ainda.

O cantor desmistificou a ideia que o estilo blues só transmite ideias tristes. " eu posso ouvir um blues e apetecer-me dar uma queca logo de seguida " disse sorrindo, " ou posso sair á rua e abraçar toda a gente..." continuou. Segundo ele, a sua música é para todos os estados de espírito, todas as idades e todas as raças...é universal.

O climax da noite chegou, quando o gerente da Cabana apareceu como por magia, com uma viola, por sinal desafinada e perguntou alto e bom som: " Alguém se esqueceu desta viola...por acaso sabem de quem é...? ". O pessoal percebeu e ouviram-se gargalhadas. O Paulo não se riu mas entendeu o que lhe esperava. Enquanto este afinava o instrumento, alguém gritou - deste-me quase tudo! - ao que o moderador perguntou : " Paulo, vais dar quase tudo a esta gente ?, resposta imediata do cantor : " Essa não, que o meu manager não me deixa, mas, vou-lhes dar uns blues dos bons...! . De facto tocou, cantou e encantou com a sua voz de cama, ( comentário de um cliente ), dois apetitosos blues, puros e duros, pondo sessenta almas ao rubro.

O resto já faz parte da história. Quem presenciou tambêm ficou com a sensação que fez história. Foi uma noite memorável, plena de magia, talvez a melhor das 31 conversas da Cabana já realizadas, a seguir á noite com o Ruy de Carvalho, claro, que essa foi sublime.

Após muitas fotos, autógrafos e agradecimentos, Paulo Gonzo entrou no automóvel negro que o trouxe a Salvaterra de Magos. Ao volante, o amigo de longa data, que o acompanha para todo o lado, segredou-me ao ouvido que, nunca tinha presenciado o Paulo Gonzo a tocar em público, sem ser para espectáculos. Coisa inédita, então, e logo na Cabana.



pode ver e ouvir Paulo Gonzo na Cabana clicando neste link do YOUTUBE, em baixo


http://br.youtube.com/watch?v=fmOGilqTHw4











quarta-feira, 5 de novembro de 2008

PAULO GONZO NA CABANA ? É VERDADE !!




Grande noite na Cabana dos parodiantes com a presença do cantor Paulo Gonzo, já


nesta 2ª feira, 10 de Novembro, pelas 22 horas.



Vamos inaugurar uma exposição da pintora Paula Cruz " Blues Night - homenagem a Paulo Gonzo ".
Queremos conhecer um percurso de vida que começou com o grupo Go Grall Blues Band, nos anos 80 até aos dias de hoje, com uma fantástica colecção de canções que toda a gente conhece e reconhece.
Quem sabe se o Paulo Gonzo nos fará uma surpresa, cantando umas das suas blues melodias.



* uma das pinturas de Paula Cruz que vão ser expostas ( 1,85 x 0.85 m )

domingo, 2 de novembro de 2008

VIVA O LUXO ! ORQUESTRA TÍPICA NACIONAL DE VENEZUELA EM SALVATERRA DE MAGOS!




Orquestra Típica Nacional de Venezuela, em Salvaterra de Magos, no Celeiro da Vala, mas que luxo e que grande alegria poder desfrutar de sons e danças tão esfuziantes, tocados e dançados por pessoas que amam aquilo que fazem. Acabadinho de chegar a casa, directamente do concerto, ainda estou em pele de galinha com as vibrações.
Com o Celeiro razoávelmente cheio e frio de gelar os ossos, 25 venezuelanos encantaram e aqueceram todos aqueles que assistiram a este concerto.
Vejam só! amanhã, irão tocar no grande auditório da Aula Magna em Lisboa.
O intercâmbio entre Venezuela e Portugal, não se fica só pelas energias e pelo Magalhães. Calhou-nos, a nós Salvaterrenses, esta pequena pérola do Novo Mundo.
Obrigado C.M. Salvaterra de Magos!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A PRIMEIRA ILUMINAÇÃO NA VILA DE SALVATERRA DE MAGOS


VITORINO DOS CANDEEIROS
Em 1930, sabia-se em Salvaterra de Magos, que Lisboa tinha iniciado em 1848, o seu sistema de iluminação pública, com 28 candeeiros que, foi aumentando com o decorrer dos anos e, em 1889, eram já cerca de 7000 os candeeiros acessos na cidade, recebendo gás produzido à base de carvão.

A vila de Salvaterra, confinava-se ainda às suas 7 ruas primitivas, dando mostras de querer expandir-se lá para os lados da Praça de Toiros e, dos terrenos que viriam a ser ocupados pela Horta do Sopas. Até aí as ruas, não tinham iluminação, as habitações continuavam à noite, a consumir velas de cera e lamparinas à base de azeite e outras gorduras. Muitas cidades e vilas do país, já usavam o carbureto, na iluminação das suas ruas.
O elenco camarário de António Sousa Vinagre,deliberou colocar quatro candeeiros, com gasómetros a carbureto, nas ruas de Salvaterra de Magos, para isso deu trabalho a José Duque, que foi para Santarém, durante uma semana, fazer aprendizagem nos serviços da câmara daquela cidade. Em 1935, este deu lugar a filho Francisco, o Chico Duque, que por sua vez transitou o lugar a Albino Fróis Marques, que foi substituido por um tal Vitorino, homem vindo de Benavente. Este, ao entrar ao serviço da câmara foi encarregado da manutenção dos candeeiros e, do motor que fornecia água ao depósito da fonte, junto ao edifício municipal. Pela manhã cedo, ao nascer do dia, com um pequeno carro de mão provido de uma barrica com água, lá se via o Vitorino, fazendo a limpeza, dos gasómetros instalados nos quatro candeeiros nas ruas da vila. Neste trabalho, retirava o carbureto já transformado em massa e, deixava preparado o pequeno depósito de cada gasómetro abastecido com água limpa. A massa recolhida era para mais tarde ser utilizada pelos pedreiros da câmara, nos rebocos das paredes. Ao cair do dia, pelo luz-fusco, lá ia de novo o Vitorino, com a pequena escada ao ombro e, uma saca noutro, com as pequenas pedras de carbureto alimentar os gasómetros. Cada um, levava uma quantidade de cerca 500grs, para 6/7 horas de uma boa luz durante a noite.
O gás, libertado pela acção da água com o carbureto, saía por um pequeno tubo que, o Vitorino acendia com isqueiro de pederneira. O tempo dos Petromax, alimentados a petróleo, chegou por volta de 1940, a iluminação nocturna em Salvaterra, passou para oito pequenos candeeiros nos largos e ruas da vila.
Foram colocados candeeiros na esquina da rua João Gomes, com a rua Machado Santos (rua Direita); na esquina da actual rua 31 de Janeiro, com a avenida Dr. Roberto Fonseca; na esquina da rua Gen. Humberto Delgado (Porfírio Neves da Silva) com a Azenhaginha; entrada da rua Dr. Gregório Fernandes, lado da avenida. Foram construídos postos em cimento, com candeeiros, no Largo dos Combatentes; Largo da República, entre o edifício municipal e a Igreja Matriz; Junto à Fonte S. Sebastião e no cais da vala.
Com esta inovação, o trabalho do Vitorino era agora de manhã apagar os candeeiros e recargá-los de petróleo e, á noite depois de alguma pressão no depósito, para gaseificar, acender o aparelho, através de uma camisa que, dava uma chama azulada, ficando protegida por um vidro cilindrico, iluminando toda a noite um grande espaço em seu redor.
Em 1948, tudo isto passou à memória do povo, pois o abastecimento de energia eléctrica a Salvaterra, foi um acontecimento, cuja inauguração teve honras de grande acontecimento público. Há uns tempos foram feitos umas réplicas daqueles candeeiros, que estão na zona nobre da vila, recordando os originais.
Porque conhecemos, o Vitorino dos Candeeiros, aqui o recordamos!...

José Gameiro
Nota: Na Foto em primeiro plano está o Vitorino "dos Candeeiros " e o autor deste texto - ano de 1954

segunda-feira, 27 de outubro de 2008




Últimas semanas para apreciar as antiguidades da Falcoarte na Cabana dos parodiantes.