quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

BEAUTIFUL !

http://www.edu-negev.gov.il/tapuz/motytp/atar/scripta/games/boleroclip.htm



Com o bolero de Ravel......
Para acalentar a alma nestes dias frios de inverno...


PS: clique em F11 para aumentar a tela.

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Uma cabana...


Uma cabana onde se reúnem amigos ou não..., onde nos sentimos acolhidos pela sua decoração que lembra a de "cafés de outros tempos" mas, sobretudo, nos aquece a madeira e nos acolhe a sua iluminação suave. Ali nos rencontramos com o calor do próprio lugar. Ali gosto de ficar a rabiscar nas toalhas da mesa, nos guardanapos, a ler o jornal ou revista ou ainda, simplesmente, a olhar para dentro. Às vezes a conversar mas confesso que gosto muito de ficar em silêncio com o lugar. De poder abarcá-lo sem prender o olhar.........



http://linguasdegato.blogspot.com/

Um convite a visitar o nosso blog (de 4 profs de línguas da escola secundária de salvaterra de magos)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Cafés cultura


A cultura nos cafés nas grandes cidades europeias foi primordial para a expressão livre e espontânea de poetas, escritores, artistas plásticos, pensadores e agitadores políticos. Alguns movimentos e vanguardas artísticas encontraram no espaço público de um café, o palco ideal para a promoção e debate de ideias de cariz universal.
Em Portugal, esta tendência não foi excepção: o mais antigo é o café Martinho da Arcada, na Praça do Comércio, em Lisboa. Aberto desde 1782, pelas tertúlias de intelectuais e artistas, tem vivido, até aos dias de hoje, as convulsões políticas que assolaram a capital. Fernando Pessoa frequentava este café como sua segunda casa e escreveu parte da sua obra poética numa das suas mesas.

Também o café Nicola, no Rossio, tem tido um papel relevante no convívio daquilo que o poder considerava uma “fauna” artística e política, proporcionando a figuras carismáticas a divulgação de ideias revolucionárias. Barbosa du Bocage foi o seu mais fiel cliente, em plena época do Romantismo. Ainda hoje, este café, se encontra em actividade e procura manter uma ambiência setecentista na sua decoração.

Já no século XX, em 1905, surge em Lisboa a Brasileira do Chiado, que começou por ser uma loja de venda de cafés e outros produtos do Brasil. Três anos depois, deu lugar a um café luxuoso, onde a elite de Lisboa passeava a sua vaidade saboreando uma "bica" (nome dado pela clientela da Brasileira ao seu café). Os Modernistas e Futuristas relacionaram-se com este estabelecimento e foi nele que se arquitectou a famosa publicação "O Orfeu". Nomes como Pessoa, Almada Negreiros, Santa Rita Pintor e Mário Sá Carneiro deram fama e irreverência à Brasileira do Chiado, sendo, actualmente, local de peregrinação de turistas do mundo inteiro.
Na invicta cidade do Porto ergue-se um dos mais belos cafés do mundo – O Majestic, ao gosto arquitectónico da "Belle Époque". Amadeu de Souza Cardoso, Teixeira de Pascoaes e José Régio eram seus ilustres frequentadores, fomentando tertúlias políticas e ideológicas que muito viriam a enriquecer a vida cultural do Porto. Restaurado em 1994, o Majestic é, ainda hoje, palco privilegiado de eventos culturais.