terça-feira, 21 de novembro de 2006



E a noite acendeu-se em mil pontos luminosos, quando se desligou a televisão com imagens ruidosas, o céu encheu-se de astros e o "mago" João Paulo ( ou não estivessemos em Salvaterra de Magos ) deu início à tertúlia sobre Astrologia, na Cabana dos Parodiantes.
Segundo o orador, a fascinação do homem em relação ao imenso céu negro estrelado, vem de tempos imemoreais, na qual os primeiros pastores sedentários, nas longas noites de vigilia, aprenderam a descodificar e a compreender os mistérios dos pequenos pontos brilhantes.
Na segunda maior enchente das Conversas da Cabana, cerca de sessenta pessoas assistiram curiosas à explicação de João Paulo Chora sobre a arte de predizer o destino e a personalidade dos homens através da conjugação dos planetas e das estrelas. O astrólogo convidado, leu a carta astral de um casal jovem presente na sessão, clientes assíduos da Cabana, embora estes quizessem ficar no anonimato.
As perguntas dos presentes sucederam-se e as respostas de João Paulo iam desmistificando alguns equívocos em relação ao tema. Fernando Pessoa astrólogo, foi lembrado, pelos seus intensos estudos acerca de Portugal e do fantasioso e esperado 5º Império, que vai alimentando os sonhos dos sebastianistas, assim como, pela previsão da sua própria morte, errando por poucos meses. No ar, ficou a sensação de uma certa ambiguidade em relação á catalogação desta prática: ciência exacta ou esoterismo?
Para que a astrologia seja uma realidade na nossa vida, é necessário que acreditemos nas suas possibilidades. Se isso não acontecer, deixa de fazer sentido a sua existência.

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu querido Savél,

Apesar de não ter estado presente, é com um enorme gosto e especial contentamento que tomo conhecimento do sucesso da tertúlia sobre Astrol dada pelo João Paulo!

Por ser um assunto que me interessa muitissimo, não posso deixar de expressar o meu desacordo em relação ao que escreveu no ultimo parágrafo do seu texto:

"Para que a astrologia seja uma realidade na nossa vida, é necessário que acreditemos nas suas possibilidades. Se isso não acontecer, deixa de fazer sentido a sua existência."

A Astrol é uma realidade na Vida de cada um de nós. É tão real quanto a propria Vida.
E não se "acredita" na Vida, apenas se vive...
Eu não gosto do verbo "acreditar". Defendo que "acreditar não é saber".
Por isso, sugiro a experiência de olhar para um mapa de trânsitos e ter consciência do momento em que se vive. É o primeiro passo para constatar que a Astrol vive para além do puro e simples "acreditar". E a sua existência faz tanto sentido quanto a propria Existência. Independentemente da consciência ou da atitude que cada um tem em relação à Vida/Astrol.

Tal como dizia o Poeta, também a Astrologia "primeiro estranha-se, depois entranha-se".

Anónimo disse...

Caro/a Viva,

Aprecio muitissimo a discussão de ideias, mas não a de Português (ainda mais por escrito). Teria muito gosto em perceber o seu ponto de vista, o que me deixa desde já disponivel para tomarmos um chá (ou um chocolate quente!!!) na Cabana e discutirmos ideias.

De qualquer modo, e tal como referi, não estive presente na palestra do João Paulo na Cabana apesar de o conhecer de outros assuntos. Assim, não tenho conhecimento daquilo que foi dito.
Apenas comentei uma frase que li.

Reforço aquilo que disse: a Astrol é uma realidade na "Vida" de cada um de nós. Este é o meu ponto de vista com base na minha experiencia. Porque o simples "acreditar" não me dá futuro...

Mas concordo em absoluto: a cada um de nós cabe a responsabilidade das nossas escolhas e respectivas consequências.

Agradeço muito a sua atenção,
Inês

P.S.- Entretanto já discuti a frase com Savél e já nos entendemos! ;)